fevereiro 07, 2017

Estratégias para fortalecer a relação escola-família

Aproximação com os pais inclui planejar com cuidado as reuniões e orientá-los sobre como acompanhar a aprendizagem das crianças e jovens. 

Como estimular a participação dos pais no processo de aprendizagem dos alunos? 

Marcia Lima de Almeida, de Crato, Ceará

Márcia, este assunto é recorrente e vira e mexe entra em pauta de reuniões que envolvem diretores, coordenadores, professores e equipe da secretaria. Afinal todos buscam desenvolver um processo educativo que equilibre qualidade com equidade. Ou seja, com todos os alunos aprendendo e progredindo na carreira escolar na idade certa. Nessa empreitada, a relação escola-família surge como um fator chave, pois mesmo que não haja uma comprovação científica da influência direta dessa interação na melhoria do aprendizado dos alunos, inúmeras pesquisas no Brasil e no exterior têm mostrado que as condições socioeconômicas das famílias, suas expectativas, a maneira como valorizam a escola e como legitimam o papel dos educadores são fatores que influenciam o desempenho.

Muitas vezes até contamos com a presença considerável dos responsáveis, mas poucos são os que de fato participam das discussões. Em geral isso ocorre porque muitos não se sentem à vontade por serem menos escolarizados. Isto sinaliza a importância de planejar os encontros com os pais para que todos se sintam parte e possam participar efetivamente. A prática, aliás, pode ser considerada também uma aprendizagem, pois o grupo exercita a escuta e deve ser incentivado a agir coletivamente.

Outras questões também devem ser pensadas na hora de planejar as reuniões, como horários em que serão realizadas (para atender ao maior número possível de pessoas), a preparação da pauta de discussões (que pode prever temáticas sugeridas pelos próprios pais) e a garantia de momentos de avaliação em que os responsáveis possam fazer sugestões e críticas. Nesta reportagem, você confere seis propostas de formatos que diferem conforme a necessidade do encontro.

A aproximação com as famílias, porém, não deve se resumir às reuniões periódicas. Abrir a escola nos finais de semana é uma possibilidade, permitindo o uso de quadra, biblioteca e outros espaços, como sala de informática. É possível também convidar os pais para compor a equipe de organização de eventos e incentivá-los a participar de instâncias como conselhos escolares, Associação de Pais e Mestres etc.

Também podemos pensar em como ajudar os responsáveis a acompanhar a vida escolar dos filhos. Neste caso, professores, coordenadores e diretores preparam reuniões para colocar em discussão e orientá-los, por exemplo, sobre a importância de conversar com o filho sobre o que ele está estudando, observar o caderno e as produções. Vale também sugerir que organizem junto com a criança o horário para realizar as tarefas, estimulem a criança ou o jovem a emprestar livros da biblioteca, que participem das atividades culturais na escola como exemplo para os filhos etc.

Enfim, são vários os caminhos para construir e fortalecer a relação com as famílias. Para escolher a que melhor se encaixa no contexto em que sua escola está inserida, um bom começo é fazer um levantamento de informações sobre os responsáveis por seus alunos e suas necessidades. Com base nisso, debater e avaliar com a equipe gestora e docente quais as estratégias mais indicadas para a sua realidade.

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